Por volta das 13h, desta quarta-feira, dia 3, teve início a abertura solene do 1° Congresso da Conlutas, que acontece em Betim (MG), até domingo, dia 6 de julho.O evento iniciou com algum atraso e ainda chegam delegados e delegadas para o 1° Congresso da Conlutas. Mas entre os credenciados já estão presentes mais de 2 mil representantes de sindicatos, oposições, movimento popular e organizações estudantis de todo o país.A mesa de abertura contou com representantes da Conlutas, da Intersindical, do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos), do movimento popular, como o MTST, integrantes de delegações internacionais e partidos como PSTU e PSOL. Nas falas de todos foi ressaltada a importância da realização do encontro para a reorganização da classe trabalhadora brasileira e a necessidade da unidade de todas as organizações combativas dos trabalhadores. A estimativa é que o congresso reúna cerca de 4 mil delegados de todo o país e seja um dos maiores encontros da classe trabalhadora dos últimos 20 anos.José Maria de Almeida, da coordenação nacional da Conlutas, afirmou que o Congresso acontece num momento importante, em que persistem os ataques aos trabalhadores, mas tem início a retomada das lutas dos trabalhadores. “Temos tarefas fundamentais para discutir nesse congresso”, resumiu.“Precisamos construir uma organização capaz de encaminhar as lutas em defesa dos trabalhadores e estar à frente da transformação deste país”, disse. “Precisamos ir além da experiência da classe trabalhadora que tivemos até hoje e avançar na defesa dos trabalhadores. Para isso, precisamos da unidade de todos os que lutam contra os ataques do capital e é necessário definir passos concretos para avançar nessa unificação”, disse.“Apesar das diferenças e divergências que naturalmente há entre nós, todos aqui têm enfrentado os ataques do capital. Estamos aqui buscando reorganizar os movimentos sindical e popular deste país para avançar nas lutas em defesa dos trabalhadores”, definiu Lujan Miranda, da Intersindical, organização que está participando como convidada do encontro.A necessidade de fortalecer a unidade entre os movimentos sindical, popular e estudantil com uma perspectiva revolucionária e socialista, foi defendida por Helena, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) de São Paulo. Helena lembrou ainda que o próprio Congresso da Conlutas é a expressão da lutas e dos esforços pela unidade que tem havido no último período.O debate estratégico sobre a concepção, construção e funcionamento da Conlutas também foi ressaltado pelos integrantes da mesa de abertura e apontou para um dos principais debates que se dará no Congresso. Em discussão a necessidade de construir uma organização classista, democrática e independente do governo e dos patrões.Um dos representantes da delegação internacional presente no congresso, Tarquino Cajamarca, do Equador, fez uma saudação a todos os presentes e lembrou dos ataques e das lutas dos povos que estão se dando em outros países, notadamente na América Latina. Cajarmaca ressaltou a importância de uma organização como a Conlutas, e o papel que vem cumprindo para fortalecer a solidariedade internacional da classe trabalhadora.Os trabalhos foram interrompidos para o almoço e retornarão às 15h30, quando haverá a votação do regimento e apresentação das teses. Ainda chegam delegados ao encontro e o credenciamento prosseguirá durante todo o dia.Ao todo se inscreveram para o Congresso 207 sindicatos, 217 oposições sindicais e minorias, 150 entidades estudantis, 70 movimentos populares. Ao todo são 770 delegações de todo o país.
Wanderson Coletivo Fortalecer
Nenhum comentário:
Postar um comentário