quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Educação Infantil é notícia no jornal da Neusinha Santos

Colegas,
ao receber o jornalzinho da Neusinha, não me contive e respondi. Como provavelmente eles irão apagar meu comentário, divulgo aqui a escola que ela mostrou e um pouco do que é a escola que nós vivenciamos.
Abraços,Thaís
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Políticas para educação infantil em BH levam crianças para a escola mais cedo
Quando o assunto é educação, Belo Horizonte aparece como referência positiva dentro do cenário nacional. Diversas políticas públicas são estabelecidas pela administração municipal com o objetivo de aprimorar constantemente o setor. Neste segmento, merecem destaque as ações desenvolvidas em benefício do aprendizado infantil.

Um bom exemplo de projeto desenvolvido nesta área é conhecido como Primeira Escola. Elaborado pela Prefeitura de Belo Horizonte, representada por Fernando Pimentel – PT, desde sua implantação o programa vem garantindo educação de qualidade para crianças com menos de seis anos na rede municipal de educação. Para reforçar a equipe de trabalho e dar oportunidade a um número maior de pequenos estudantes, o projeto conta com a participação de creches conveniadas e com o destaque do programa, as Unidades Municipais de Educação Infantil – UMEI’s.

As UMEI’s são escolas que possuem infra-estrutura completa para atender as necessidades da educação infantil. Mais de vinte Unidades estão equipadas com berços, carrinhos de bebê, cadeiras para amamentar, brinquedos, computadores, vídeos e aparelhos de som, livros infantis e outros itens indispensáveis ao bem estar dos pequenos. Atualmente, quase quinze mil crianças são atendidas na rede própria e outras 21.218 na rede de creches conveniadas. No total, mais de 36 mil crianças estão aproveitando a oportunidade em horário parcial ou integral.

E o trabalho não pára por aí. Além da transferência de verbas, a Prefeitura da capital também realiza uma supervisão do trabalho pedagógico desenvolvido com as crianças, ajuda na alimentação e organiza programas voltados para a saúde. As creches conveniadas contam ainda com o apoio da Associação Municipal de Assistência Social - Amas, órgão da PBH que dá suporte em projetos de reforma e construção do espaço físico, instalação de “brinquedotecas” e cuidados com a saúde bucal.

Através de ações como esta, Belo Horizonte dá um passo a frente e possibilita uma formação sólida e de qualidade para suas crianças. Desde muito cedo os pequenos têm tido a oportunidade de conviver com as diferenças, respeitar o espaço dos colegas e a aprender antes lições que seguem para a vida inteira. Além disso, desde o início das atividades inúmeras chefes de família tiveram a oportunidade de deixar os filhos em boas mãos e, dessa forma, buscar fora de casa o sustento de toda a família.

ComentáriosThaís em 19/12/2007

Prezada Neusinha,

O trabalho que as professoras vem desenvolvendo nas UMEIS nestes três anos desde sua implantação é de excelente qualidade e garante a indissociação entre o cuidar e o educar na proposta pedagógica de todas as escolas. Enfatizo, antes de mais nada, que o trabalho neste espaço é educativo, por se tratar de um espaço escolar.

No entanto, o reconhecimento desta excelência (98% de aprovação das famílias) não vem por parte da prefeitura. Na propaganda que vocês fazem, o salário destas professoras nunca aparece! Elas são qualificadas, muitas com pós-graduação, e recebem metade do valor de uma professora municipal nível médio que trabalha no ensino fundamental.

As propagandas também não dizem que as decisões da comunidade escolar também não são respeitadas. As escolas que elegeram para vice-diretoras professoras no cargo de educador infantil (apesar da lei aprovada por esta casa garantir a posse) não puderam permanecer nesta função, sendo nomeada uma "estranha" para aquele lugar.

O descaso com estas profissionais não param por aí: as "dobras" que elas muitas vezes fazem por causa dos baixos salários e também por causa do alto índice de exoneração (em 2006 chegava a 47%), não tiveram o reajuste dos anos de 2006 e nem terão os de 2007, aprovado há pouco por esta mesma casa. Para completar, é vedada a extensão da jornada completa simplesmente pq a nomenclatura do cargo é outra, o que gera problema nas escolas por falta de profissionais no final dos turnos.

Estes problemas já foram apontados para a prefeitura e para o seu gabinete em diversos momentos, e nenhum deles solucionados. Isto me deixa extremamente frustrada diante de uma realidade tão difícil e uma propaganda tão "bonita". Isto é apenas um desabafo de alguém que ainda tem o cuidado de ler, pensar e fazer a educação q vcs noticiam.

Atenciosamente,
Thaís.

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