sexta-feira, 8 de agosto de 2008

CAMPANHA DEVACINAÇÃO CONTRA PARALISIA INFANTIL E RUBÉOLA

DOM 08/05/2008

Sábado, dia 9, é dia de vacinação contra a paralisia infantil e a rubéola. Com o slogan "Vacinação virou programa de família", a campanha do Ministério da Saúde, em parceria com a Prefeitura e o Governo do Estado, pretende imunizar as crianças menores de cinco anos contra a poliomielite e os homens e as mulheres entre 12 e 39 anos contra a rubéola e a síndrome da rubéola congênita (SRC). A ação é um esforço conjunto para manter erradicado o vírus da poliomielite e eliminar a rubéola do país. O secretário municipal de Saúde, Helvécio Magalhães, abrirá a vacinação na sede da secretaria.

Em toda a cidade serão montados 419 postos de vacinação, que funcionarão das 8h às 17h. Além dos 146 centros de saúde da capital, haverá postos volantes em parques, metrôs, escolas e locais de grande fluxo de pessoas. Estarão disponíveis as vacinas Sabin (contra poliomielite), Triviral (contra rubéola, sarampo e caxumba), indicada para pessoas de 12 a 19 anos, e a Dupla Viral (contra rubéola e sarampo), para pessoas de 20 a 39 anos.

Poliomielite

Na segunda etapa da campanha contra a paralisia infantil, serão disponibilizados mais de 400 mil doses da vacina Sabin. De acordo com o Ministério da Saúde, a ação é considerada eficaz se atingir 95% da população com menos de cinco anos, o que representa 166.694 crianças em Belo Horizonte. A primeira etapa da campanha foi realizada em 14 de junho e atingiu a baixa cobertura vacinal de 80%.

A coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Gisele Naccur, ressalta a importância da adesão à campanha. "É fundamental que a população participe, porque só assim é possível manter a poliomielite erradicada do Brasil. A campanha é uma proteção coletiva e cria uma barreira contra a entrada do vírus no país. Por isso, todas as crianças de até cinco anos devem tomar a vacina, mesmo aquelas que já receberam a dose", diz Gisele.

Apesar de a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) / Organização Mundial da Saúde (OMS) ter conferido ao Brasil o certificado de erradicação da poliomielite em 1994, a doença ainda ameaça a população. O vírus da pólio continua circulando em alguns países da África e Sudeste Asiático e existe o risco de importação da doença. Segundo a OMS, em 2007 foram confirmados 1.299 casos de poliomielite, sendo 1.195 nos países en-dêmicos - Paquistão, Índia, Afeganistão e Nigéria - e 104 casos em países que receberam importação do vírus.

Rubéola

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Rubéola e a Síndrome da Rubéola Congênita se estenderá até o dia 12 de setembro. O objetivo é imunizar homens e mulheres com idade entre 12 e 39 anos, o que representa 1,3 milhão de habitantes em Belo Horizonte. Todos deverão ser vacinados, independente do histórico de vacinação ou se a pessoa já teve a doença.

Segundo dados do Ministério da Saúde, dos 8.407 casos de rubéola confirmados no país em 2007, 70% corresponderam a pacientes homens. Também foram confirmados 17 casos de síndrome da rubéola congênita. "É importante principalmente a participação dos homens na vacinação contra a rubéola, porque eles participam menos das campanhas. Mas todas as pessoas com faixa etária de 12 a 39 anos devem ser imunizadas", afirma Gisele.

A população poderá ser vacinada nos 146 centros de saúde da capital, escolas, universidades e em locais com alta concentração de pessoas (estações do metrô, rodoviária, Psiu, Cruz Vermelha e Escola de Saúde), até o fim da campanha. Serão disponibilizadas mais de 370 mil doses da vacina Triviral e 350 mil doses da Dupla Viral. A Secretaria Municipal de Saúde também cadastrou 65 empresas interessadas em receber equipes volantes para imunização dos funcionários.

O Brasil assumiu o compromisso de eliminar a rubéola e a SRC até 2010, durante a 44ª reunião do Conselho Diretor da Opas, em que foi estipulada a meta de erradicação da doença nas Américas nos próximos dois anos. O Brasil já eliminou a varíola, recebeu o certificado de erradicação da poliomielite e eliminou a circulação autóctone do vírus do sarampo.

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